Começando a série de relatos sobre a expedição Jalapão, vou explicar como foi o primeiro dia da viagem. Sugiro começar lendo nosso post de introdução: Dicas do Jalapão.
Eu fui para o Jalapão com a agência Jalapão Selvagem numa expedição de 4 dias. Comprei a passagem para Palmas chegando no dia 27 de abril, um dia antes de começar a expedição para o Jalapão e aproveitei para conhecer a cidade, que é bem interessante. Fiquei hospedada no Hotel Jardim do Porto, bem perto localizado, pertinho da Praça dos Girassóis.
No dia seguinte, 28 de abril, recebi a notícia que as outras duas meninas que iriam conosco para o Jalapão não conseguiram embarcar em São Paulo em virtude da greve geral que ocorreu naquela sexta-feira em todo o Brasil.
Para não prejudicar o passeio, o Gallery da Jalapão Selvagem se uniu ao seu amigo Douglas da Cerrado Dourado e pensaram numa solução. Eu seguiria com o grupo do Douglas, que também tinha uma pessoa que não conseguiu chegar em Palmas e o Gallery ficaria em Palmas esperando os demais chegarem.
O Douglas e o Gallery são amigos de infância e achei muito legal esse companheirismo e o fato deles se ajudarem nessa situação. Nos outros dias os dois carros ficavam andando juntos e nos encontrávamos em todos os atrativos. Formamos um grupo muito legal e a viagem se tornou ainda mais especial pela amizade formada.
Às 8:30h o Douglas da Cerrado Dourado passou no meu hotel e seguimos para pegar o restante do grupo, um casal de São Paulo, o Renato e a Michele, um casal do Rio, o Beto e a Debora e a Paloma do Rio de Janeiro. A amiga da Paloma, Mari, ainda não tinha conseguido chegar em Palmas.
Tudo pronto iniciamos a expedição num carro de 7 lugares. As mochilas vão na parte de cima e dentro do carro tinha água e balinhas à disposição. Partimos em direção à cidade de Ponte Alta do Tocantins, que é a porta de entrada do Jalapão. O primeiro trecho é asfaltado, mas depois é só estrada de terra, um terreno bastante arenoso e de difícil acesso, onde só é possível circular com um carro 4×4. A paisagem vai mudando bastante ao longo do caminho, a estrada vai ficando bem vermelha e a vegetação verdinha em volta.
A viagem até lá durou cerca de 2 horas e foi bem tranquila.
Canyon Sussuapara
Nossa primeira parada foi no Canyon Sussuapara, um incrível canyon com paredões avermelhados cobertos de vegetação e raízes penduradas que ficam pingando água. No fundo do canyon tem uma queda d’água e corre um riozinho.
Para entrar no canyon é preciso descer uma trilha bem curtinha e tranquila. A descida é por uma escada natural onde é possível se apoiar nos troncos e nas pedras.
O cenário lá dentro é bem bonito.
Depois de visitar o Canyon Sussuapara, seguimos para a pousada em Ponte Alta. Ficamos na pousada Águas do Jalapão, uma pousadinha simples, mas confortável, com piscina e restaurante que servia almoço e jantar.
Os quartos tinham ar condicionado, televisão e chuveiro elétrico. As camas eram bem confortáveis, dormimos muito bem.
Almoçamos uma deliciosa comidinha caseira, tinha carne, peixe, farofa, arroz, feijão, macarrão, abóbora, salada e uma berinjela frita muito gostosa.
Cachoeira do Rio Soninho
Depois do almoço fomos explorar os atrativos da região. Seguimos para a Cachoeira do Rio Soninho, uma bela queda d’água que a gente vê de cima.
Um pouco mais a frente é possível avistar a cachoeira de frente e os cânions que se formam lá embaixo.
O banho não é permitido aqui e é preciso ter atenção quando estiver andando pela pedras.
Rio Sono
Em seguida fomos tomar banho no Rio Sono, num trecho que forma um lajeado rasinho ótimo para se refrescar.
Pedra Furada
No final da tarde seguimos para a Pedra Furada, que é o ponto alto do primeiro dia. A Pedra Furada é uma formação rochosa gigantesca esculpida pela ação dos ventos e da chuva que formaram vários buracos na pedra. Esse buraco maior tem o formato de um portal e é aqui que se tira aquela foto de cartão-postal do Jalapão. É muito interessante a cor rosada da rocha e a forma arredondada das paredes.
O chão é cheio de areia fofinha, é muito gostodo andar descalça aqui.
O melhor horário para visitar a Pedra Furada é no pôr do sol, que em determinada época do ano fica bem no meio do furo da pedra. Não demos sorte com o tempo do primeiro dia, estava bem nublado quando fomos e não teve um pôr do sol bonito.
Quando chegamos na Pedra Furada encontramos com o grupo do Gallery, da Jalapão Selvagem, que tinha chegado com as meninas que tiveram problemas no voo.
Capim Dourado
Depois de um dia cheio de atividades, voltamos para a cidade e passamos numa lojinha de artesanato para conferir as peças feitas de capim dourado, uma espécie de sempre-viva que só cresce nos campos de veredas do Jalapão. Seu nome vem da cor dourada brilhante que ele possui. Com ele é possível confeccionar vários objetos decorativos, acessórios como pulseiras, brincos, bolsas.
O capim dourado é conhecido como o ouro do Tocantins e a colheita é feita entre os meses de setembro a novembro para evitar a extinção da espécie.
Depois voltamos para a pousada para jantar e descansar. Lembrando que as 3 refeições estão incluídas no pacote.
Esse foi o primeiro dia da expedição Jalapão e eu já fiquei maravilhada com as belezas que vimos.
Fiz essa viagem à convite da agência Jalapão Selvagem, porém todo o relato é baseado na minha experiência pessoal com total liberdade e compromisso com nossos leitores.
Informações
Jalapão Selvagem
Site: https://www.jalapaoselvagem.com/
Telefone: 63 – 8401-4222
Email: jalapaoselvagem@gmail.com
Confia todos os posts do Jalapão:
Jalapão – Dia 1 – Canyon Sussuapara, Rio Novo e Pedra Furada
Jalapão – Dia 2 – Cachoeira da Velha, Prainha e Dunas
Jalapão – Dia 3 – Fervedouros e Cachoeira do Formiga
Jalapão – Dia 4 – Fervedouro Bela Vista, Cachoeira das Araras e Morro Vermelho
[…] Jalapão – Dia 1 – Canyon Sussuapara, Rio Novo e Pedra Furada […]
Interesso por passeio de 7 dias
Oi Cleocy,
Entre em contato com a Jalapão Selvagem.